12.2.12

O Artista
Faz tempo que não vejo um filme tão "diferente" como esse de hoje! Sem 3D, sem efeitos especiais, sem som surround, sem computação gráfica, sem explosões, sem grande elenco, e ainda, pasmem, sem cor e sem som! Totalmente em preto-e-branco, e 99% mudo, enquanto toca música de fundo, com alguns diálogos aparecendo na tela, estilo Charlie Chaplin.

Pois é, em meio à loucura do 3D q tá rolando agora, pra fazer um filme super à moda antiga, a história tem q fazer sentido e comover as pessoas, senão é furada total. Mas esse é, realmente, muito bom, gostei demais dele! Só por ser preto-e-branco, já dá um ar de "alternativo", e que merecia um pouco mais de atenção. E por ser mudo, foi uma idéia totalmente incrível, pois o filme trata de uma época em que o cinema era mudo! É cinema falando de cinema, inclusive com cenas de pessoas assistindo a outro filme ehhe, demais!

Como disse, é sobre o período em que o cinema era mudo, e com a chegada da tecnologia suficiente pra incluir som, esses filmes mudos foram decaindo e perdendo o lugar pros "talkies", como chamavam. O protagonista, um ator bem sucedido do cinema antigo, não aceitava esse novo formato, queria continuar a fazer filmes sem som. Só q ninguém tava mais interessado em assistir assim, e ele via incrédulo sua maior fã se tornar uma estrela do cinema falado, enquanto ele caía na pobreza. Tem cenas muito memoráveis, que vão demorar pra esquecer. Como aquela em que o cara sonha que consegue ouvir tudo menos a voz dele, ou então quando ele tá com a casa pegando fogo e salva o rolo do filme q fez com a mulher q ele gostava.

Adorei também as cenas em que as pessoas falavam, só que não aparecia diálogo nenhum, ou seja, vc tinha que imaginar o que tavam falando! Putz, achei isso perfeito, pq vc tem q prestar atenção nas feições, nos gestos, na continuação da cena, pra descobrir o q havia acontecido. É como num livro, em que vc, com as palavras, imagina os personagens e a cena. Cada um vai imaginar de um jeito. E ali, no filme mudo, é o contrário, vc tem a cena, os personagens, mas não tem as palavras, aí tem q imaginá-las. Bom demais!

Enfim, é uma homenagem à época do cinema mudo, e pra maioria de nós que nunca viu um filme novo desse jeito (pois não existe!), é como voltar num tempo em que as coisas eram mais simples e feitas com mais carinho. É o mesmo sentimento quando assisto os antigos Star Wars (IV, V e VI), feitos há mais de 30 anos, em q a história era bem simples, não ficavam misturando tudo, e a identidade dos personagens era tão forte q vc se apegava neles. E o Yoda, coitado, feito de borracha e lindamente recitando poesia pro Luke no filme V, ensinando sobre o medo e a vida, foi trocado nos 3 novos filmes pra um CGI de merda q rodopiava no ar, aff...

É isso! Pra quem gosta mesmo de cinema, esse O Artista é altamente recomendado, pode ver sem medo! Mas atenção, tem q gostar mesmo, não é pra qualquer um. A maioria vai odiar! :)

Ah sim, e o cachorrinho do filme é da raça Jack Russel Terrier, o mesmo da Suzie! :DD









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