10.10.11

Mentes InquietasComprei esse livro, "Mentes Inquietas", da mesma autora de "Mentes Perigosas", best-seller por aí. Já tava querendo comprar faz tempo, aí finalmente criei coragem e gastei meu pobre dinheirinho nele.

Mas que bom q me surpreendi, o livro retrata mto bem como é a vida de gente que tem hiperatividade, impulsividade, problema de atenção, etc. Conta bem explicadinho as características, os níveis e as gravidades das pessoas q tem isso, a vida afetiva, diagnósticos, tratamentos, a história dos problemas, a dificuldade das crianças, das mulheres, dos adultos, e por aí vai.

O legal é o capítulo sobre as características, as mais marcantes são:

-Tem dificuldade em permanecer sentado por muito tempo.
-Está sempre mexendo com os pés ou as mãos.
-Apresenta constante sensação de inquietação ou ansiedade.
-Tendência a estar sempre ocupado com alguma problemática em relação a si ou com os outros.
-Costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo.
-Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo.
-Impulsividade pra comprar, sair de empregos, praticar esportes, romper relacionamentos, comer, jogar, etc.
-Tendência a não seguir regrar ou normas preestabelecidas.
-Reage irrefletidamente às provocações, críticas ou rejeição.
-Ações contraditórias.
-Hipersensibilidade.
-Se contagia facilmente com os sentimentos dos outros.
-Mudanças bruscas e repentinas de humor.
-Tendência a ser muito criativo e intuitivo.
-Baixa autoestima.
-Intensa dificuldade em manter relacionamentos afetivos.
-Tendência a apresentar um lado criança que aparecerá por toda a vida.
-Tendência a tropeçar, cair ou derrubar objetos.
-Tendência a apresentar uma caligrafia ruim.
-Dificuldade em orientação espacial.

Entre várias outras características, mas listei essas porque, TODAS eu tenho. Eh foda, mas acostuma, e chega uma hora que a gente até passa a gostar. O problema maior é a relação com os outros, a "vida afetiva", como mostra num capítulo próprio do livro. Trecho:

"Eles tendem a sentir todas as emoções de modo muito mais intenso do que a maioria sequer pode imaginar. Quando se apaixonam, estão realmente apaixonados, toda sua atenção volta-se para esse sentimento, sem que possam controlar tal impulso" (...) Tais impulsos são geralmente interpretados pelo parceiro como gestos egoístas, narcisistas ou mesmo infantis. Em grande parte, esses adjetivos estariam corretos se não soubéssemos que agem assim em função de uma alteração neurobioquímica, que também não está sob seu controle. A ele, geralmente, cabe a culpa e o arrependimento de ter mais uma vez falhado na tarefa de pensar antes de agir e por ter criado novos problemas para si e desapontamentos para o parceiro."

Enfim, mto bom o livro, recomendo a todos que tem esses "problemas", ou q conhecem alguém q tem, ou mesmo se quiser saber um pouco mais sobre isso.