27.4.11
Amyr Klink"Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância... nem do isolamento. Um vazio que invade as pessoas... E que a simples companhia ou presença humana não pode preencher. Solidão foi a única coisa que eu não senti, depois que parti... nunca... em momento algum. Estava, sim, atacado de uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e de pessoas que há muito tempo não via. Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão. Poderá morrer de saudade... mas não estará só."Trecho do livro "Cem Dias entre Céu e Mar", do Amyr Klink.